Os
versos que não morrem
Nascido
no início do século XIII, na Sicília, o soneto
era cantado na corte de Frederico II da mesma forma que as tradicionais
baladas provençais. O número de linhas e a disposição
das rimas permaneceu variável, até que Francesco Petrarca
deu aos sonetos sua forma definitiva e que resiste até os dias
de hoje.
O soneto sobrevive e sobreviverá, mesmo sendo um desafio por
causa da rigidez de sua formatação poética
14 versos compostos de dois quartetos e dois tercetos , aparentemente
restritiva à criação.
Este livro, composto de 100 sonetos, escolhidos entre tantos que Théo
Drummond escreveu, pretende tão somente reafirmar a solidez dessa
admirável criação oito séculos após
seu nascimento.
O amor é uma constante na quase totalidade de seus versos. Ele
se utiliza da métrica e das rimas com a facilidade de um especialista,
o que explica a famosa advertência de Alceu do Amoroso Lima: As
escolas literárias passam; o soneto fica. Théo Drummond
também.
Raul
Giudicelli
Jornalista e Escritor
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