Introdução
No
dia 8 de março de 1996, aproximadamente às 21 horas, eu
já estava deitada e comecei a sentir algo estranho. Não
era ruim, só que incomodava. Era algo que não sei explicar.
O sono sumiu, e senti como se alguém me pedisse que levantasse,
pegasse caneta, papel e começasse a escrever.
De imediato, surgiu o título do livro, coisa que não costuma
acontecer. Primeiro escrevo, e depois levo bastante tempo pensando no
título.
A história foi sendo escrita passo a passo, até duas horas
da manhã.
Em seguida adormeci, e lá pelas seis da manhã minha mãe
teve um infarto fulminante e partiu.
Meses depois, quando finalmente pude de novo manusear aquele escrito,
gostei. Não era somente uma história. Era algo marcante!
Acho que O anjo de chocolate me foi enviado como uma troca.
Minha mãe partiu, a história ficou, e com ela o desejo
de editar.
Naquele instante, comecei a lutar por isto. Foram três anos e
meio batendo nas portas, escrevendo cartas em busca de patrocínio,
até conseguir a ajuda necessária para realizar este meu
sonho, em setembro de 2000.
Hoje, passados sete anos, tenho o prazer de voltar com a Cida, o Naldo,
a Rebeca, o Juca e o pai Maneco, os personagens desta história.
Eles continuam por aí, nas ruas, nos ônibus, nas esquinas
da vida, e o Anjo, como sempre, dentro de cada um de nós.
Nesta nova edição, volto a desejar a meus queridos leitores:
Que O anjo de chocolate possa ser mais que apenas
um livro em suas mãos ou em sua estante. Que seja diferente,
trazendo proveito e aprendizado.
Rio
de Janeiro, setembro de 2007
Sonya Silva
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