Conheço o meu amigo Ruy Barbosa há, exatamente, 47 anos, desde quando éramos acadêmicos da Faculdade de Direito da Universidade do Estado da Guanabara (hoje, UERJ) e povoávamos de ideais e de sonhos os nossos dias no prédio da rua do Catete, 243. Tenho tido a alegria de encontrá-lo, ao longo da vida, em diversas situações, invariavelmente marcadas pelas qualidades já tão visíveis na juventude dele: a inteligência, a sobriedade, a cultura, a fidalguia no trato, a coragem de afirmar e o destemor de defender as suas convicções. Reencontro
Ruy Barbosa nestas páginas, que o mostram por inteiro, inçadas
de reflexões profundas e desafiadoras, ou exuberantes, ou irônicas;
os textos enfeixados neste livro são todos eles reflexo da vida
e da alma do autor, que, pela constância no modo de crer e escrever,
dá razão a Buffon, quando o naturalista diz que o estilo
é o homem. |