Jesus foi anunciado por profecias, sonhos e anjos. Ele esteve aguardado
pela ansiedade do povo, pelo orgulho nacional da raça e o despotismo
dos dominadores políticos que o desejavam guerreiro arbitrário
e apaixonado.
Quando o silêncio espiritual pairava em Israel, Ele nasceu no
anonimato de uma noite gentil, numa manjedoura, cercado por animais
domésticos e assistido pelo amor dos pais humildes, sem outras
testemunhas.
Seus primeiros visitadores eram amantes da Natureza, pastores simples,
logo seguidos por magos poderosos, num contraste característico,
que sempre assinalaria a sua jornada entre os homens.
Na paisagem de Nazaré, Ele cresceria desconhecido, movimentando-se
entre a carpintaria do pai e as meditações nas campinas
verdejantes, confundido com outros jovens sem qualquer destaque portador
de conflitos antes da hora.
Amadureceu no lar como o trigo bom no solo generoso e, quando chegou
a hora, agigantou- se na sinagoga, desvelando-se e anunciando-se. Incompreendido,
como era de esperar-se, saiu na busca daqueles que iriam segui-lo e
ficariam como pilotis da Nova Era que Ele iniciava.
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