O
chão cheio de estrelas, piso nelas.
O céu, de terra pura, não tem flor.
Não sinto, no meu peito, falta delas.
Caminho pelas nuvens, como for.
Um sol sem brilho já nem tem calor,
E agora é frio. Onde as mulheres belas?
Onde a tranquila paz feita terror?
O Van Gogh de acácias amarelas?
O mundo é escuro e aos esbarrões caminho,
Perdido como os outros, sem saber
Que em minha realidade estou sozinho.
Bebo a água da chuva lama pura.
Não tenho o que falar, penso em morrer,
Pois que o viver foi sempre esta loucura.
<68
páginas >

|